Anel de Armazenamento
Quando os elétrons com alta energia e em alta velocidade têm sua trajetória desviada por campos magnéticos, eles produzem um tipo de radiação de amplo espectro magnético e alto brilho, conhecida como luz sincrotron. Assim, radiação síncrotron é emitida na passagem dos elétrons pelos dipolos, o que faz deles locais naturais para saída de linhas de luz. Síncrotrons que usam prioritariamente linhas de luz de dipolos são chamados de síncrotrons de segunda geração.
Dispositivos de Inserção: Os trechos retos são especialmente projetados para acomodar os dispositivos de inserção, equipamentos que provocam oscilações na trajetória do feixe. Essas oscilações são produzidas por campos magnéticos gerados por uma sucessão de polos magnéticos alternados. Há emissão de luz síncrotron a cada oscilação da trajetória. Nos síncrotrons de terceira e quarta gerações a radiação é emitida preferencialmente através desses dispositivos, como será o caso na nova fonte de luz síncrotron brasileira de quarta geração denominada Sirius.
Existem dois tipos básicos de dispositivos de inserção: os wigglers e os onduladores. A diferença principal entre eles é, basicamente, dada pela amplitude das oscilações de órbita dos elétrons e pela abertura angular da radiação emitida.
Nos wigglers, o desvio angular das oscilações de órbita é muito maior que a abertura da radiação o que faz com que não haja interferência entre a radiação emitida por cada polo. Entretanto, se há N polos, ocorre um ganho de intensidade por um fator N quando comparado com emissão de um dipolo.
Já nos onduladores, o desvio da órbita é da mesma ordem da abertura angular da radiação emitida. Com isso, ocorre interferência entre as ondas emitidas a partir de cada polo e o espectro emitido consiste de linhas nas frequências em que há interferência construtiva. A intensidade da radiação dessas linhas, quando comparada a de um dipolo, tem um aumento proporcional a N x N.